Mariana Rocha
“Nova Indústria Brasil” é o nome do novo plano do governo federal para desenvolver a indústria nacional, anunciado em janeiro de 2024 e que aponta algumas metas de desenvolvimento interno, como a ampliação do acesso a máquinas e equipamentos pelos agricultores familiares do país.
Dentro do Nova Indústria Brasil foram definidas missões norteadoras, em linha com o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e com o Plano de Transição Energética (PTE). Serão priorizados investimentos na indústria 4.0 da quarta revolução industrial, que abrange a inteligência artificial, a robótica, a internet das coisas, a computação em nuvem, o desenvolvimento de produtos digitais e a produção nacional de semicondutores, entre outros.
Segundo o governo federal, a meta é chegar a 70% dos estabelecimentos de pequenos produtores mecanizados em 2033, conforme os dados do governo, atualmente, apenas 18% dos pequenos produtores usa maquinários na atividade produtiva e por isso , a nova política prevê o uso de recursos públicos para atrair investimentos privados. O investimento em tecnologias de mecanização agrícola fortalece as comunidades rurais, criando empregos locais e estimulando o desenvolvimento econômico sustentável.
A mecanização de pequenos produtores é bastante benéfica para produção e pode aumentar a produtividade agrícola, permitindo que eles cultivem mais alimentos em menos tempo e com menos esforço. Isso ajuda a garantir uma produção adequada de alimentos que atendam às necessidades da comunidade local, fortalecendo o comércio e a economia.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) ficarão responsáveis pela gestão dos R$300 bilhões em financiamentos previstos até 2026. Esses valores serão disponibilizados por meio de linhas específicas, não reembolsáveis ou reembolsáveis e recursos captados por meio do mercado de capitais.
Entre as medidas anunciadas, está a criação de linhas de crédito especiais; subvenções; ações regulatórias e de propriedade intelectual, bem como uma política de obras e compras públicas, com incentivos ao conteúdo local, para estimular o desenvolvimento do país através do aperfeiçoamento do setor produtivo.
