Pouco mais de sete anos após o último debate sobre o tema, a Câmara Municipal de Campo Grande pode voltar a ser palco do debate sobre a privatização de cemitérios públicos da Capital. A ementa de lei protocolada pelo vereador Neto Santos (Republicanos) propõe a alteração da Lei Orgânica do Município para permitir a terceirização do serviço.
Segundo o parlamentar, a medida seria uma possível solução para a situação crítica enfrentada nos cemitérios públicos de Campo Grande, que sofrem com a falta de manutenção, limpeza e conservação adequadas. A proposta, protocolada nesta semana na Casa de Leis, ainda precisa reunir as assinaturas necessárias para tramitação na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa). Esta não é a primeira vez que a Câmara Municipal trata das problemáticas dos cemitérios públicos; nos últimos 11 anos, ocorreram ao menos três debates sobre o assunto.
Em 2014, pela proposição do então vereador Eduardo Romero, que à época estava no PT do B (hoje Avante), o debate teve como temática principal os serviços funerários e a situação dos cemitérios públicos municipais, que estavam abandonados e operando em seu limite de capacidade.
Poucos anos depois, em 2017, a Casa de Leis voltou a ser palco do assunto. Novamente, uma audiência pública discutiu a questão, para buscar soluções para as reclamações da população referentes à segurança, limpeza, iluminação e manutenção dos cemitérios. A proposição foi do vereador Otávio Trad (PSD).
Em 2018, a vereadora Cida Amaral (PROS) conseguiu reunir 20 assinaturas pela terceirização da gestão dos cemitérios públicos. Na época, o projeto previa que todos os responsáveis atuais por jazigos nos cemitérios públicos poderiam ser cobrados. A tarifa de manutenção poderia ser semestral ou anual.