Brasil goleia Coreia do Sul por 5 a 0 em amistoso realizado no Estádio da Copa do Mundo de Seul, em partida que serviu como teste importante a menos de um ano da próxima Copa do Mundo. A vitória consolidou sinais de evolução tática e coletiva sob o comando do técnico Carlo Ancelotti e teve como destaque o entrosamento do quarteto ofensivo formado por Estêvão, Matheus Cunha, Vinicius Júnior e Rodrygo.
Brasil goleia Coreia do Sul: resumo e números
O placar de 5 a 0 traduziu a superioridade brasileira em vários aspectos: criação ofensiva, intensidade na recuperação de bola e aproveitamento das oportunidades criadas. O primeiro gol saiu aos 12 minutos do primeiro tempo, quando Bruno Guimarães encontrou Estêvão em infiltração e o atacante precisou de apenas um toque para superar o goleiro Jo Hyeon-Woo. Antes do intervalo, aos 40 minutos, o time voltou a marcar após uma jogada coletiva iniciada por Vinicius Júnior que terminou com um arremate colocado na área, após bom trabalho de Rodrygo e Casemiro.
No segundo tempo, a equipe manteve o domínio e ampliou rapidamente. Aos 46 minutos (um minuto após o reinício) Estêvão lançou uma investida individual, recuperou a bola na entrada da área e bateu cruzado para marcar o seu segundo gol na partida. Dois minutos depois, aproveitando um erro de cobertura da defesa adversária, Casemiro lançou Vinicius Júnior, que serviu Rodrygo para o quarto gol. O placar foi fechado aos 32 minutos do segundo tempo com um contra-ataque bem conduzido: Matheus Cunha lançou em profundidade para Vinicius, que finalizou com liberdade e bateu na saída do goleiro sul-coreano.
Evolução sob Ancelotti
A atuação foi interpretada pela comissão técnica como sinal de evolução do processo de trabalho. Em coletiva, Ancelotti já havia ressaltado que a atitude em campo seria essencial para compensar a limitação no tempo de treino, e a equipe mostrou justamente essa intensidade: pressão alta eficiente, transições rápidas e movimentação ofensiva coordenada. A boa leitura de jogo de Casemiro na saída de bola e a qualidade de passe de Bruno Guimarães ajudaram a construir as ações do setor de frente.
Individualmente, a partida reforçou a confiança de nomes como Estêvão, com dois gols e presença constante em bolas de ataque, e Rodrygo, que voltou a mostrar boa solução ofensiva mesmo diante de incertezas em seu clube. Vinicius Júnior foi determinante nas assistências e no gol final, enquanto Matheus Cunha participou diretamente das jogadas de profundidade que abriram espaços para as finalizações.
O que a goleada revela para a preparação
A vitória por larga margem permitiu observar vários pontos úteis para a sequência: ajustes defensivos ainda são necessários em alguns momentos de desatenção, mas a compactação entre setores e a mobilidade ofensiva mostraram-se satisfatórias. O entrosamento do quarteto ofensivo, especialmente em transições, é um ganho claro para opções táticas que Ancelotti poderá explorar nas próximas convocações.
Próximo compromisso: Japão
A seleção volta a campo já na próxima terça-feira, quando enfrenta o Japão no Estádio Ajinomoto, em Tóquio, às 7h30 (horário local). O duelo será outra oportunidade para testar variações táticas, os padrões de pressão e o desempenho dos atletas em deslocamentos sucessivos, além de servir como referência para a montagem final do elenco rumo ao Mundial.
Principais pontos técnicos observados
- Pressão alta e recuperação: a equipe conseguiu roubar bolas em zona avançada e transformar roubadas em chances de gol.
- Variedade ofensiva: as combinações entre extremos e centroavantes criaram profundidade e movimentos de apoio contínuo.
- Transição rápida: os contra-ataques foram bem executados, culminando no quinto gol a partir de uma saída rápida em profundidade.
- Controle do jogo: mesmo com vantagem confortável, o Brasil manteve posse inteligente e tomou decisões eficazes para buscar mais gols.
A partida em Seul confirmou que o processo do treinador italiano começa a render frutos práticos e que o plantel dispõe de alternativas ofensivas confiáveis. A sequência de amistosos será decisiva para consolidar peças e anatomia tática final do time nas próximas competições oficiais.
Este texto traz a cobertura detalhada do amistoso e os pontos técnicos observados na atuação brasileira, com foco nas implicações para a montagem e preparação da seleção rumo ao próximo ciclo de competições.
