A Justiça de São Paulo determinou, nesta segunda-feira (6), que Alexandre Nardoni deixe o presídio em Tremembé, no interior paulista, onde ele estava preso após ser condenado pelo assassinato da filha, Isabela Nardoni, em 2008.
Alexandre deve cumprir o restante da pena de 30 anos de prisão a que foi condenado em regime aberto.
Segundo a decisão, a progressão para o regime aberto foi solicitada pela defesa e teve inicialmente parecer desfavorável do Ministério Público. O juiz José Loureiro Sobrinho, no entanto, considerou que Nardoni mantém boa conduta dentro da prisão, cumpriu mais da metade da pena e estava usufruindo das saídas temporárias, retornando sem falta para a unidade prisional.
O magistrado determina que o réu cumpra o restante da pena em casa, devendo comparecer de três em três meses à Vara de Execuções Penais. Nardoni deve permanecer em casa entre 20h e 6h, podendo sair para trabalhar. Ele não pode frequentar, bares, casas de jogos ou “outros locais incompatíveis com o benefício conquistado”.
Condenado pela morte da filha, Nardoni está preso há 16 anos. Na época, Isabella, de 5 anos, foi jogada da janela do sexto andar de um prédio na zona norte de São Paulo. Além dele, a madrasta da criança, Anna Carolina Jatobá, também foi condenada pelo crime.
Inicialmente, Nardoni foi condenado a 31 anos e 1 mês de prisão, mas conseguiu a redução da pena em 2 anos e 9 meses graças a trabalhos realizados no sistema prisional.
Caso Isabela Nardoni
O caso Isabela Nardoni foi um dos crimes mais notórios e discutidos no Brasil. A tragédia ocorreu em 29 de março de 2008, quando Isabela Nardoni, uma menina de cinco anos, foi encontrada morta após cair de um prédio em São Paulo. Seu pai, Alexandre Alves Nardoni, e sua madrasta, Anna Carolina Jatobá, foram acusados de sua morte.
As investigações sugeriram que Isabela foi vítima de agressão antes de ser jogada do sexto andar do prédio onde seu pai e madrasta moravam. Os indícios e evidências levaram à prisão de Alexandre e Anna Carolina. O julgamento deles ocorreu em 2010, e ambos foram considerados culpados de homicídio doloso qualificado.
Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos, 1 mês e 10 dias de prisão, enquanto Anna Carolina Jatobá foi condenada a 26 anos e 8 meses de prisão. O caso gerou grande comoção pública e teve ampla cobertura da mídia, tornando-se um dos mais marcantes da história recente do Brasil.
