Em Mato Grosso do Sul a produção de milho na segunda safra deve apresentar redução de 14%

O departamento técnico da Aprosoja/MS destaca que a melhor janela para o plantio se concentra entre os dias 13 de janeiro e 10 de março de 2024

Mariana Rocha

A produção de milho na segunda safra deve apresentar redução de 14,25%, em Mato Grosso do Sul, segundo a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS). O estado é um dos principais estados produtores de milho do Brasil, contribuindo significativamente para a produção nacional e desempenhando um papel importante na economia agrícola do país. 

A estimativa da Aprosoja/MS foi divulgada no final de janeiro e  aponta para um total de 11,485 milhões de toneladas; 2,218 milhões de hectares, queda de 6% e 86,3 sacas/hectares, retração de 19,23% em relação à safra anterior, no entanto, fatores como a altíssima margem da última safra e o plantio tardio do milho são relevantes para as estimativas. 

Com o possível atraso na finalização do ciclo da soja, pode acontecer  uma redução na janela de plantio do milho e por isso, o departamento técnico da Aprosoja/MS salienta que a melhor janela de cultivo se concentra entre os dias 13 de janeiro e 10 de março de 2024,  a orientação técnica é de que o produtor evite plantios tardios, para não ser surpreendido pelo  clima ou, pela  incidência de insetos-praga, como a cigarrinha. 

Vale destacar que em 2024, o inverno começa na segunda quinzena de junho, segundo o Instituto de Meteorologia (Inmet) a estação será marcada por frentes frias mais acentuadas por influência do fenômeno climático La Niña, isso acontece quando ocorre o resfriamento das águas do oceano Pacífico Equatorial.

Preço do milho

Com cerca de 137 milhões de toneladas de grãos produzidos nas duas safras passadas, o milho é o mais expressivo dentre os cereais cultivados no Brasil, mas as perspectivas para 2023/2024 apontam menor produção no país.

Até o final do mês de janeiro de 2024, o Brasil embarcou 4.593.021,0 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) para exportação, de acordo com o relatório da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O total de milho embarcado representou 74,86% do total exportado em janeiro de 2023 (6.134.944,6 toneladas). 

Os preços do milho continuam a registrar variações mínimas em grande parte das regiões monitoradas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), com o Indicador SALQ/BM&FBovespa (referência Campinas – SP) mantendo-se em torno dos R$ 62 por saca desde o início de fevereiro.

Conforme pesquisadores do CEPEA, os agentes do mercado estão adotando uma postura cautelosa nas novas negociações: os consumidores estão priorizando o uso de estoques, enquanto os vendedores permanecem atentos à colheita da safra de verão e ao desenvolvimento da segunda safra.


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