Insegurança Pública: feminicídios expõem vulnerabilidade das mulheres em MS

Insegurança Pública: feminicídios expõem vulnerabilidade das mulheres em MS

Insegurança Pública: Ser mulher e viver no Mato Grosso do Sul não é nada fácil. É carregar uma sombra de medo a cada passo e sabemos que não é só aqui. O Brasil é cheio de homens violentos. Nas comunidades indígenas, a dor se multiplica. Mulheres que deveriam ser guardiãs da vida e da cultura se tornam alvos da brutalidade, como foi o fim de Juliana Dominguez, mulher indígena guarani-kaiowá assassinada com golpes de facão na cabeça. O machismo e a vulnerabilidade social potencializam a violência que se torna ainda mais cruel. Em apenas 20 dias, Mato Grosso do Sul viu Karina, Aline, Vanessa e Juliana perderem suas vidas para o machismo. Vanessa Ricarte, uma jornalista conhecida, vítima de feminicídio, chamou a atenção do Governador do Estado, do Governo Federal, de membros da classe política, dos órgãos de controle, sacudindo a Segurança Pública em Mato Grosso do Sul. No dia 13 foi Vanessa, cinco dias depois, Juliana. A sensação é de que não vão parar de nos matar.

Riedel no Roda Viva: O Roda Viva é um dos programas de entrevistas mais tradicionais e respeitados da TV brasileira. Criado em 1986 e exibido pela TV Cultura, o programa tem um formato no qual o entrevistado fica no centro de uma roda de jornalistas e especialistas que fazem perguntas. O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB-MS) foi o entrevistado da edição de 17 de fevereiro. Eduardo é um dos poucos governadores tucanos remanescentes do fragilizado PSDB, ao lado de Raquel Lyra, em Pernambuco, e Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul. Riedel destacou a posição estratégica de Mato Grosso do Sul, que faz fronteira com Bolívia e Paraguai, e teve que mencionar que o estado é uma rota significativa para o tráfico de drogas no Brasil. Contudo, nós sabemos que o tráfico na fronteira seca vai além, ainda temos também armas, munições e até mesmo pessoas. O governador enfatizou que o estado atua como um “escudo para o Brasil” mas também reafirmou que o estado falhou em mais um caso de feminicídio. Eduardo Riedel disse que houve uma falha e que é preciso “mergulhar nos processos”. No Roda Viva, Riedel também falou sobre projetos de infraestrutura, falou sobre a economia pujante do estado, termos técnicos e tudo mais. Não quis tomar muito lado com os murmurinhos do futuro do PSDB, foi deslizando nas respostas e chamado de Tucano Clássico pela jornalista Vera Magalhães.

Serviço de má qualidade: A vereadora Isa Marcondes (Republicanos), fez críticas contundentes sobre o trabalho da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul. Durante a 3ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Dourados que contou com a presença do diretor Comercial e de Operação da Sanesul, Madson Valente, Isa Marcondes afirmou com todas as palavras “vocês prestam um serviço de má qualidade” direcionando a crítica ao representante da Sanesul. Lavou a alma de muitos douradenses, sem dúvidas. A Sanesul é uma empresa de economia mista que compõe a administração indireta e está vinculada ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. A crítica de Isa Marcondes já chegou nos quatro cantos e ganhou inúmeros apoiadores.

Termo de Ajustamento de Conduta (TAC): O TAC é um compromisso formal firmado entre o Ministério Público, indivíduos, órgãos públicos ou empresas para cessar uma conduta irregular e evitar sanções judiciais. Quando um gestor público assina um TAC, isso pode indicar que ele não cumpriu corretamente suas responsabilidades. Isso gera uma crise de confiança por vários motivos. A assinatura de um TAC, embora não configure necessariamente um crime, é um sinal de alerta para a gestão pública e deve ser tratada com seriedade para evitar desgaste político e possíveis sanções futuras.

Fonte: Plantão do MS

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