O povo sem casa,  Sem noção, Sidrolândia sob CPI, Premio Educador Transformador, Enquetes x Pesquisas

Mariana Rocha – Coluna Radar do MS

O povo sem casa: Em Mato Grosso do Sul, diversas cidades passaram ou estão passando por escândalos, em meio a verdadeiras “novelas” envolvendo a sede do poder legislativo municipal. Em algumas cidades, o povo está sem casa. A Câmara de Vereadores é um espaço para debater publicamente questões de interesse local, promovendo a transparência e a participação dos cidadãos nos processos de tomada de decisão. Aos 60 anos, próximo de completar 61 anos, Glória de Dourados é uma destas cidades em que o povo, praticamente, está sem casa. Existe uma “obra fantasma” há anos. Inclusive,  em 2024, dos nomes anunciados para disputa da prefeitura, pelo menos dois deles, já foram presidentes da Câmara de Vereadores e são também responsáveis pela “obra fantasma”. Isso mesmo, candidatos a prefeito que, sequer,  conseguiram cuidar do legislativo enquanto vereadores (presidentes da camara) e agora vão pintar uma ideia torta de que “realizam” de fato. Nesta novela, já faz  muito tempo que Glória de Dourados gasta com aluguel para a Câmara, vê uma obra inacabada no meio da cidade, fica sem uma sede própria e o povo fica “sem casa”

Sem Noção: Pelas Secretarias, departamentos e gabinetes, existem pessoas prestativas e trabalhadoras, servidores realmente comprometidos. No entanto, nem sempre é assim. Existem alguns ocupantes de cargos que, sem qualquer poder político, fazem questão de se colocar acima de profissionais como nós, do jornalismo político e de tantos outros. Numa soberba com gosto de fel, parecem buscar por atenção.  As prefeituras, devem orientar por uma Ouvidoria interna forte, pois seus servidores devem ser espelho de uma gestão.  O mundo, redondo que é, dá voltas e todo fel destilado, ora ou outra, pode amargar a vida de quem o lançar. “É tolice alimentar o ódio.” — Eclesiastes 7.9. 

Sidrolândia sob CPI: Faz um tempo que o município de Sidrolândia entrou num capítulo bastante caótico, onde Contratos Públicos foram alvo de operação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul.  Chamado de “chefe” por outros investigados,  o genro da Prefeita Vanda Camilo (PP) , o Vereador por Campo Grande  Claudinho Serra (PSDB), foi preso na operação “Tromper” do francês  ‘enganar”. Claudinho Serra (PSDB) foi  solto  23 dias depois. Para o Ministério Público se trata de um “(…)  duradouro esquema de corrupção incrustado na atividade administrativa do município de Sidrolândia, formado por uma organização criminosa constituída de agentes públicos e privados, destinada à obtenção de vantagens ilícitas decorrentes, principalmente, dos crimes de fraude ao caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios” (…). Em Resposta, o vereador Enelvo Felini Junior (PRD) protocolou o pedido de abertura da comissão processante no dia 16 de abril, alegando que a prefeita assinou todos os procedimentos e não pode ter ficado omissa.  Com 12 votos a 1 e ao som de protestos, foi aprovada a instauração de CPI contra a prefeita Vanda Camilo (PP).

Prêmio Educador Transformador: A professora Daniele Andressa Bassanesi, da Escola Estadual Antônio Fernandes, localizada em Naviraí, foi a vencedora da etapa nacional, da categoria Ensino Médio, do Prêmio Educador Transformador, que ocorreu no mês de abril, em São Paulo,  com o projeto “Tony Bank – Ferramenta de educação financeira aliada à construção de competências e valores socioemocionais”. Daniele Bassanesi construiu uma pratica educativa aliando Educação Financeira ao desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como autonomia, responsabilidade, organização, entre outros. Para isso,  Daniele Bassanesi e seus alunos criaram o “banco”, o “Tony Bank”, no qual os estudantes acumulavam pontos de acordo com a sua pontualidade, compromisso com as entregas acadêmicas, entre outros critérios. A cada bimestre, a bonificação acumulada era revertida para a “compra” de itens obtidos junto à comunidade escolar. A professora Daniele Bassanesi também é empresária na cidade de Naviraí e trouxe o prêmio para o Mato Grosso do Sul, mostrando inovação e ensino sobre educação financeira para os jovens do ensino médio da rede estadual de Naviraí.

Enquetes x Pesquisas : enquetes de intenção de voto, conduzidas online, aparecem com frequência em períodos eleitorais e agora, na pré-campanha, também começaram a surgir. Esses levantamentos feitos em pequenos círculos de amizade, muitas vezes, discordam de resultados das pesquisas realizadas pelos grandes institutos, que têm ampla divulgação na mídia. Enquete ou sondagem eleitoral não é a mesma coisa que pesquisa eleitoral. Enquanto a pesquisa deve seguir os rigores dos procedimentos científicos, a enquete apenas faz a sondagem da opinião dos eleitores, sem metodologia tampouco registro. O problema é quando uma enquete tenta imitar uma pesquisa eleitoral, existe punição e a pessoa responsável pelo perfil pode ser multada, independentemente de ser político ou não, segundo a Lei nº 9.504/1997, a multa pode variar de  de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00, além de detenção de seis meses a um ano. Como o eleitor não sabe a diferença entre pesquisa e enquete, quem divulga o “resultado” de uma enquete pode induzir o eleitor em erro. Enquetes que simulam pesquisas são proibidas pela legislação eleitoral e o responsável por ela fica sujeito à determinação de remoção desse conteúdo, sob pena de prática de crime de desobediência, além de poder ser condenado ao pagamento de multa .

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