7,4 MILHÕES: CASO DE CORRUPÇÃO ENVOLVENDO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE MATO GROSSO DO SUL CHEGA À FASE FINAL

7,4 MILHÕES: CASO DE CORRUPÇÃO ENVOLVENDO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE MATO GROSSO DO SUL CHEGA À FASE FINAL

Deflagrada em agosto de 2017 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, a Operação Antivírus revelou um esquema de corrupção envolvendo contratos de informática no Detran-MS e no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS), com suspeitas de fraude em licitações, peculato, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

Entre os principais investigados estavam o então diretor-presidente do Detran-MS, Gerson Claro (PP), e empresários ligados às empresas Pirâmide Central Informática e Digitho Brasil (atual Digix).

Em 2024, o deputado estadual Gerson Claro, um dos principais investigados, foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, mesmo sendo réu por corrupção, peculato e organização criminosa. Quase oito anos depois, a ação por corrupção, peculato e organização criminosa contra o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), ex-diretores do Departamento Estadual de Trânsito e empresários chega à última fase.

Segundo a investigação, empresas foram contratadas sem licitação para fornecer sistemas de registro de documentos e outros serviços de TI ao Detran-MS, em contratos que somavam R$ 7,4 milhões. O Ministério Público classificou esses acordos como “negócios da China”, indicando favorecimento indevido e desvio de recursos públicos.

Além do presidente da Assembléia Legislativa, empresários envolvidos continuam ativos politicamente; por exemplo, José do Patrocínio Filho, réu por desvios milionários, foi um dos maiores doadores da campanha de Adriane Lopes (PP) à prefeitura de Campo Grande em 2024.

Nesta terça-feira (15), o juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, manteve a ação por improbidade administrativa contra o presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), pelo suposto desvio de R$ 7,4 milhões no Departamento Estadual de Trânsito. O magistrado frisou que houve fraude à licitação e superfaturamento.

“Assim, examinando-se os autos, verifica-se que todos os requeridos tiveram suas condutas suficientemente descritas, inclusive com a devida atribuição do elemento subjetivo dolo e dano ao erário estimado em R$ 7.416.000,00, em situações que podem colocá-los nas hipóteses do artigo 10 da Lei de Improbidade Administrativa, enquadrando-se notadamente em seus incisos VIII e XII”, destacou o magistrado.

Fonte: Plantão do MS

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